O governador Marcelo Déda (PT) disse, domingo, em entrevista ao Jornal da Cidade, que acredita que o vice-governador Jackson Barreto (PMDB), atualmente em exercício,
será o candidato natural ao Governo, em 2014, dos partidos que integram
a base aliada. Admitiu que é muito cedo para definições, porque
naturalmente isso termina gerando especulações incômodas.
Marcelo
Déda reconheceu que é preciso permitir que todos os partidos aliados,
não apenas o PT, possam analisar os cenários, definir um perfil de
candidato e manifestar suas pretensões.
Como
um bruxo – ou por experiência – Déda passou a impressão que leu o
pensamento de companheiros dos Diretórios municipais do seu partido, que
na manhã de sábado passado trataram sobre 2014. Boa parte da militância
considerou que o PT não poderia deixar de encabeçar a chapa majoritária
ao Governo do Estado, admitindo que havia quadros para isso.
Sobre
candidatura ao Senado, Marcelo Déda considerou o seu nome como
“provável”. E admitiu que é uma possibilidade que só vai examinar
efetivamente em janeiro de 2014. Acha que precisa recuperar a saúde,
governar Sergipe e concluir o seu programa de Governo, com as obras e
investimentos que planejou.
Quanto
a um nome do PT para disputar a sucessão estadual em 2014 não está
fácil. Claro que o partido tem bons quadros, como os deputados federais
Rogério Carvalho e Márcio Macedo, mas faltam-lhes um histórico político
junto às camadas sociais, para dar impulso a uma candidatura majoritária
firme, com o aval dos demais partidos que formam a aliança.
Como
as demais legendas, o PT não formou um líder que atraia a unanimidade
de militantes e aliados, assim como o é Marcelo Déda. Dentro do bloco
existem outros nomes, como o do senador Valadares (PSB), mas Jackson
Barreto é que se postou na grande área e deve se habilitar para uma
candidatura que já experimentou e quase chegava lá.
É
natural que segmentos importantes do PT queiram manter um dos seus
militantes no comando do Governo e até lá pode haver discussões que
caberá a Jackson Barreto resolver e à cúpula do partido acomodar os seus
rebeldes. Há muito tempo para acomodação, inclusive dentro de um novo
cenário em que o prefeito eleito João Alves Filho (DEM) terá
participação influente em todo o processo, porque fortalecerá a sua base
política pela influência na Capital.
2) – O EMPRÉSTIMO
Não
existe deputado na oposição. Existe parlamentar com insatisfação. Essa é
a verdade. O empréstimos de R$ 727 milhões que o Governo tenta aprovar
na Assembléia Legislativa não será fácil. Mesmo que ponha toda a
sociedade contra a bancada que se mostra contra, é difícil aprová-lo
caso não relacione todas as obras que serão feitas e seus valores.
Isso
pode ser até uma desculpa para os objetivos eleitorais de 2014, mas se
trata da voz da maioria. E não há jeito: na democracia a minoria perde e
precisa de um bom jogo de cintura para conseguir objetivos. Como agora:
ou o Governo vai vincular obras ao projeto para ser discutido e
aprovado, ou não terá os recursos que tanto precisa, através do BNDES.
A
hora não é de vaidades. Nem de força. O momento é de reflexão – de
ambos os lados – porque a questão é Sergipe. Propósitos à parte, não dá
para sustentar a ilusão de que, com a minoria, o Governo ganha essa
parada.
O
tempo está passando e o momento é de bom senso, porque o tempo passa e
há pressa. Não é a oposição que precisa do empréstimo, é a minoria e, em
sendo assim, o melhor é recuar para obter êxito. Expor tudo, até para
tirar o discurso de que não aprova porque faltou informar as obras para a
quais o dinheiro será destinado.
Agora, é pegar ou largar...
Fonte:Faxaju Diógenes Brayner
Foto: napratika.com.br
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