Prioridade é ter candidato próprio. Mas, se não for possível, o partido fará alianças
Por Joedson Telles
A filiação do professor Anderson Góes ao PSL - partido da base aliada do grupo liderado pelos irmãos Edvan e Eduardo Amorim - pode ter sido o primeiro passo para a construção de uma aliança com o PSB do senador Antônio Carlos Valadares, que, neste caso, encabeçaria a chapa, provavelmente, com o deputado federal Valadares Filho. Em 2014, Valadares - tanto o pai quanto o filho - estariam no palanque do PSC, que já adiantou não abrir mão de disputar o governo do Estado.
As conversas entre o grupo de Amorim e os líderes do PSB neste sentido avançavam em ritmo de fórmula 1. Todavia, com o racha Amorim x Déda, passaram a andar mais devagar que um cágado. Agora, não apenas os grupos estão, praticamente, reiniciando as discussões do zero como também as remotas chances de o ex-governador João Alves, ou mesmo o deputado federal Almeida Lima ter o apoio dos Amorim passaram a ganhar conotação de realidade.
Evidente que, como qualquer grupo político, interessa bem mais ao PSC e demais aliados emplacar o deputado federal Laércio Oliveira ou o deputado estadual Zeca da Silva como candidato. Entretanto, ao dar uma de Albano e marchar sozinho, o PSC estará pavimentando o caminho para enfrentar não apenas o ex-governador João Alves, e a sua invejável vantagem nas pesquisas, como também a língua de Almeida Lima e ainda um candidato forte com o tempo de TV, e, possivelmente, o apoio do PT, PMDB, PC do B, PSD, PDT.
No grupo dos Amorim, como é de praxe na política, é difícil encontrar alguém que confirme, neste momento, Anderson Góes como a "carta na manga". O deputado federal André Moura (PSC), por exemplo, reagiu com uma boa risada, ao ser provocado sobre as linhas de cima. "É você quem está dizendo. O juízo é seu", disse, ratificando que o partido trabalha para eleger o próximo prefeito de Aracaju. "Trabalhamos com possibilidade própria, mas podemos ter também entendimento com outros partidos."
Podem apostar: a corda será dada por mais alguns dias, e, "no momento certo", os irmãos Edvan e Eduardo reunirão o grupo, jogarão as cartas na mesa - em sintonia com 2014, óbvio- e o grupo, por sua vez, decidirá.
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